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Candidato congolês a papa liderou resistência a bênção de Francisco para casais do mesmo sexo

O cardeal congolês Fridolin Ambongo Besungu se destaca na resistência à bênção de casais do mesmo sexo pelo Vaticano e defende a justiça social na República Democrática do Congo. Com possíveis planos de seguir a linha de Francisco, Ambongo se posiciona contra o abuso de poder no governo local e critica a exploração dos recursos naturais.

Cardeal congolês Fridolin Ambongo Besungu, 65 anos, é um dos poucos candidatos negros africanos ao papado. Ele ganhou destaque por liderar a resistência dos episcopados africanos à bênção de casais do mesmo sexo, sancionada pelo Vaticano em 2023.

Em uma carta aberta, o arcebispo de Kinshasa afirmou que a decisão do Vaticano provocou "onda de choque" e "confusão" entre os fiéis. O documento esclarece que a bênção não é equivalente ao reconhecimento de casamentos.

Atualmente, Ambongo é o presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (Secam) e defende que as uniões homossexuais vão contra a vontade de Deus. Ele enfatiza que cada bispo deve decidir em sua diocese e evitar bênçãos a casais do mesmo sexo para evitar escândalos.

Embora critique a declaração da Santa Sé, o cardeal não se opõe totalmente a Papa Francisco, com quem compartilha preocupações sobre justiça social, guerras e a defesa de migrantes e refugiados.

Ambongo também destaca a crise climática como um "ultraje moral" e defende ações concretas contra a exploração mineral que coincide com conflitos no leste da RDC.

Politicamente ativo, ele se opõe ao presidente Félix Tshisekedi, chamando as próximas eleições de "gigante bagunça organizada". A Procuradoria da RDC processou Ambongo sob acusações de "comportamento sedicioso".

Filho de seringueiro, nasceu em 1960 e estudou no seminário, aderindo à ordem dos Frades Menores Capuchinhos em 1981. Tornou-se bispo em 2004, arcebispo em 2018 e cardeal em 2019, sendo membro do Conselho de Cardeais.

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