Candidato a presidente do PT diz que Hugo Motta faz "chantagem" ao impor prazo para alternativa ao IOF
Candidatos do PT se reúnem em debate e apontam dificuldades do partido em se conectar com as bases e trabalhadores. A crise do IOF e a alta taxa de juros também foram temas centrais na discussão.
Crise do IOF: Candidato do PT acusa Hugo Motta (Câmara) de “chantagem” ao impor prazo de 10 dias para alternativa ao aumento do imposto.
No primeiro debate da campanha à presidência do PT, temas abordados incluíram:
- Pós-Lula;
- Distanciamento do partido das bases;
- Falta de diálogo com trabalhadores de aplicativos;
- Crítica à taxa de juros;
- Defesa da Venezuela;
- Rompe com Israel.
Romênio Pereira, dirigente da sigla, afirmou que a “batalha do IOF não é qualquer coisa” e criticou a decisão de Motta. Ele defendeu que o governo não deve fazer ajustes em cima da classe trabalhadora.
Edinho Silva, apoiado por Lula, disse que 2026 será seu último pleito e que o partido deve se preparar para um futuro sem Lula nas urnas, enfatizando a importância de um PT forte e organizado.
Os candidatos reconheceram o afastamento do PT das bases e a dificuldade de mobilizar o povo. Rui Falcão destacou que “a direita tomou as ruas”. Edinho criticou a falta de diálogo com trabalhadores de aplicativos.
A alta da taxa Selic (14,75%) também foi um ponto de crítica. Romênio afirmou que o governo do PT não pode permitir imposições de alta taxa de juros à população pobre.
Falcão pediu um retorno ao diálogo com a esquerda internacional e criticou a relação do Brasil com a Venezuela e Israel.
Além de Edinho, Falcão e Romênio, Valter Pomar também concorre à presidência. Mais quatro debates estão programados antes das eleições em 6 de julho, com posse em agosto.