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Canadá está à véspera de eleição existencial, mas que não desperta paixões no país

Eleições federais no Canadá são marcadas por um clima de apreensão e incertezas devido às tensões com os EUA. A participação antecipada atinge recordes, refletindo o medo entre os cidadãos sobre o futuro econômico e a política de imigração.

As eleições legislativas federais no Canadá ocorrem nesta segunda, 28, e têm relevância existencial, definindo a relação com os Estados Unidos e Trump.

O clima eleitoral é modesto: sem grandes cartazes, candidaturas com poucos comícios e aparições esporádicas.

O candidato favorito, Mark Carney, lidera as pesquisas pela sua imagem de gestor eficiente, embora não seja carismático.

Cidadãos reconhecem que esta votação é diferente e que o Canadá enfrenta uma nova era de incertezas, com 7,3 milhões votando antecipadamente — um recorde histórico.

O sentimento geral é de medo do futuro: temores de falências, demissões em massa e aumento de preços em decorrência das ações de Trump.

Imigrantes sem direito a voto também sentem a pressão, com relatos de incertezas sobre seus processos de regularização, diante de promessas de Carney de limitar a imigração.

Desde 2024, o governo canadense irá revisar regras migratórias, podendo forçar 2 milhões de residentes temporários a sair até 2025.

O impacto já é real: Soumaya, uma imigrante, menciona demissões após a guerra tarifária e questiona seu futuro no Canadá, onde vive há oito anos.

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