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Campos Neto defende alimentos na inflação por “credibilidade” do BC

Roberto Campos Neto argumenta que manter alimentos e energia no cálculo da inflação é crucial para a credibilidade do Banco Central. Suas declarações contrastam com a posição do ministro Geraldo Alckmin, que defende a exclusão desses itens na metodologia.

Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, defendeu em 8 de abril de 2025, a manutenção de alimentação e energia no cálculo da inflação para a definição da taxa básica de juros. Ele argumentou que essa metodologia é essencial para a credibilidade da autoridade monetária.

Durante entrevista no programa Pânico, da Jovem Pan, Campos Neto afirmou: “Se eu persigo uma meta de inflação que não é aquilo que as pessoas sentem no dia a dia, vai começar a ter um descrédito...”.

A posição de Campos Neto contrasta com a do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, que defendeu em março que esses itens deveriam ser desconsiderados. Alckmin citou que outros países fazem isso, mas Campos Neto destacou que as características do Brasil são diferentes.

  • Campos Neto: "Brasil é mais pobre e tem inflação com maior tendência à volatilidade".
  • Outras autoridades também apoiam o cálculo do BC.

Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano, e a inflação em 12 meses até fevereiro foi de 5,06%, acima do teto da meta de 4,5%.

Demonstrando um apelo social, o setor de alimentos, que pesou na inflação de 2024, está sob especial atenção do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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