Caminho da negociação
Investigações comerciais dos EUA podem abrir caminho para negociação entre os países. Com a aplicação da seção 301, Brasil tem chance de contestar acusações de práticas desleais.
Investigação do USTR sobre práticas comerciais brasileiras não é totalmente negativa.
A investigação foi lançada pelo USTR (Escritório de Representação Comercial dos EUA), agora regida por processos legais, ao invés de decisões unilaterais do presidente Trump.
A 1ª audiência da investigação está marcada para 3 de setembro, enquanto a sobretaxa de 50% nas exportações do Brasil começará em 1º de agosto.
O foco da investigação inclui:
- Desmatamento que afeta a agropecuária;
- Produtos piratas em comércio popular;
- Tarifas preferenciais a outros países;
- sobretaxas sobre etanol dos EUA;
- Restrições ao Pix, meio de pagamento brasileiro.
A U.S. Chamber of Commerce e a Amcham elogiam a negociação e alertam sobre danos às relações econômicas com o Brasil.
Se a investigação focar em questões técnicas, o Brasil poderá contestar as acusações, uma vez que provou estar combatendo o desmatamento e aplicando regras de mercado justas.
Ainda assim, a imprevisibilidade de ações futuras de Trump e os efeitos da investigação permanecem incertos. Contudo, o procedimento legal aumenta as chances de que interesses mútuos prevaleçam.