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Câmara desperdiça chance de aprovar ‘minireforma’ administrativa

Câmara retira propostas de progressão de carreira do projeto de reajuste salarial para servidores públicos. Grupo de trabalho será criado para discutir mudanças, mas reforma administrativa não é prioridade do governo Lula.

A Câmara dos Deputados adiou a discussão sobre as novas regras de progressão de carreiras no projeto de reajuste salarial para servidores públicos federais.

A proposta do governo Lula, que não quer chamá-la de reforma administrativa, visa modificar as carreiras e aumentar a distância entre os salários iniciais e finais. Atualmente, a curta diferença entre o começo e o topo das remunerações faz com que servidores recém-concursados alcancem rapidamente os salários máximos.

Essa situação reduz incentivos para melhorias de desempenho e gera pressões por constantes aumentos salariais.

No ano passado, o Ministério da Gestão propôs o alongamento das carreiras e a redução dos salários de entrada. Quase 90% dos cargos passariam a ter 20 anos para atingir o topo, em comparação com os atuais 13 anos.

Como contrapartida, essas mudanças foram discutidas, mas a falta de acordo levou a Câmara a retirar a parte sobre progressão de carreiras do projeto. Apenas os aumentos salariais permanecem, com votação prevista para esta semana.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, formou um grupo de trabalho para discutir as mudanças e outras sugestões. Contudo, esses grupos costumam ser pouco eficientes, e uma reforma administrativa não é prioridade para o governo.

Assim, a Câmara perdeu uma oportunidade de avançar na modernização do serviço público.

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