Câmara acerta votar urgência contra IOF e deve ter mais de 300 votos
Câmara dos Deputados decide votar urgência para derrubar aumento do IOF em meio a tensões políticas. O movimento reflete insatisfação com o governo e pressão por diálogo nas relações entre Legislativo e Executivo.
Data: 16 de junho de 2025
A Câmara dos Deputados decidiu votar o requerimento de urgência do PDL que derruba o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não se analisará o mérito do texto. A votação deve contar com mais de 300 votos, refletindo insatisfação com o governo.
O dispositivo permitirá que a proposta seja analisada direto no plenário, sem passar pelas comissões.
Após a Medida Provisória do governo que aumentou impostos, incluindo a taxação de investimentos isentos, o clima entre os líderes foi tenso. O líder do Governo, José Guimarães (PT-CE), e o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), pediram mais diálogo, sem sucesso.
Integrantes do PL afirmam ter 310 votos para aprovar a urgência, mas a derrubada efetiva do decreto do IOF ainda é incerta. O Senado deve aprovar também o decreto legislativo, e o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) não quer desagradar o Planalto.
A ministra Gleisi Hoffmann advertiu que um novo contingenciamento será necessário caso o Congresso derrube o decreto. Mesmo a base de apoio a Lula considera que o decreto do ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve cair.
Motta teve uma reunião com Lula, que achou estranho pautar a urgência para derrubar o IOF. Haddad criticou Motta indiretamente, em um jantar.
Haddad ficará fora do trabalho de 16 a 22 de junho, período de férias remarcadas.