Calvário diplomático: o que o governo tentou (sem sucesso) para se aproximar de Trump e evitar tarifaço
Brasil enfrenta dificuldades nas negociações com o governo Trump, que prioriza interesses econômicos sobre a diplomacia tradicional. A relação entre os dois países se complica com a condição política imposta por Trump em relação a Bolsonaro.
Desafios Diplomáticos do Brasil com os EUA sob Trump
Desde que Donald Trump assumiu seu segundo mandato em 20 de janeiro, o Brasil tem adotado uma cartilha de diplomacia tradicional nas relações bilaterais, buscando influenciar o governo americano.
Apesar de reuniões presenciais e virtuais, a estratégia não trouxe os resultados esperados. O Brasil não firmou negociações antes do anúncio de tarifas em 9 de julho, o que dificultou ainda mais o diálogo.
Após o anuncio de tarifas de 50%, o clima de medo gerado pelo fator Jair Bolsonaro complicou as relações, com representantes dos EUA orientados a evitar engajamento com o governo brasileiro.
Fontes indicam que é necessário “falar a língua de Trump”, que prioriza interesses econômicos em sua agenda, colocando investimentos nos EUA à frente de laços políticos.
As relações se tornaram tensas, especialmente com o crescimento do Brics, que é visto como uma ameaça à supremacia do dólar.
O governo brasileiro tentou várias abordagens, incluindo eventos culturais e reuniões com funcionários do governo dos EUA, mas sem sucesso. A equipe de negociação brasileira teve diversas reuniões com representantes americanos, mas o clima se deteriorou após a imposição das tarifas.
Apesar das tentativas, muitos no governo Trump **preferem dialogar com os Bolsonaro**, dificultando o avanço nas negociações comerciais.
A Casa Branca é vista como a principal decisora, e as dificuldades do Brasil estão ligadas à baixa relevância do país na agenda comercial de Trump, que prioriza negociações com países como México e Canadá.
Os senadores brasileiros também enfrentaram desafios em Washington, encontrando resistência em um governo que prioriza questões políticas sobre as econômicas. O impasse foi intensificado pela condição imposta por Trump sobre as questões políticas ligadas a Bolsonaro.