Califórnia quer ficar isenta de represália comercial contra os EUA
Governador da Califórnia busca alianças internacionais para proteger a economia estadual das novas tarifas impostas pelo governo Trump. A medida visa garantir que produtos californianos não sofram represálias comerciais, refletindo as ambições de Newsom em fortalecer relações comerciais estratégicas.
A Califórnia, que é a quinta maior economia do mundo, buscará acordos internacionais para evitar futuras represálias tarifárias contra os Estados Unidos, conforme anunciado pelo governador Gavin Newsom nesta sexta-feira, 4.
Newsom destacou que "as tarifas de Donald Trump não representam todos os americanos" e se colocou como um parceiro estável e confiável para gerações futuras. Seu governo vai buscar novas relações comerciais estratégicas.
O governador pediu a seus parceiros comerciais que isentem os produtos da Califórnia de quaisquer medidas de represália.
A imprensa americana sugere que Newsom tem ambições presidenciais, mas ele não revelou como os novos acordos podem contornar a política protetora do governo federal.
Recentemente, o presidente anunciou novas tarifas que afetarão diversos países, e a China respondeu com tarifas adicionais de 34% sobre produtos americanos a partir de 10 de abril.
"Não ficaremos de braços cruzados diante da guerra tarifária de Trump", afirmou Newsom no X.
A Califórnia, com 39 milhões de habitantes, representa 14% do PIB dos EUA e é um grande produtor industrial e agrícola, dependendo das relações com México, Canadá e China.
Após incêndios que devastaram Los Angeles, o estado teme que as tarifas dificultem a reconstrução, encarecendo materiais como madeira, aço e alumínio, frequentemente importados.