Caiado defende 'anistiar todo mundo' pelos atos do 8 de janeiro, e João Campos critica: 'impunidade'
Ronaldo Caiado propõe anistia ampla a golpistas como primeiro ato em possível governo. Críticas surgem de aliados sobre o risco de impunidade e falta de responsabilização.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás e pré-candidato à Presidência, defende anistia a atos golpistas, beneficiando diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em evento “Diálogos O Globo”, Caiado afirmou que, se eleito, fará da anistia seu primeiro ato para “pacificar o país”. O presidente do PSB e prefeito do Recife, João Campos, criticou a proposta, destacando seu “viés de impunidade”.
Caiado disse: “Vou buscar que haja respeito recíproco entre os Poderes. Tudo, anistia ampla, geral e irrestrita”. Ele associou a anistia à responsabilidade de Lula ao assumir a presidência.
Sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, que destruíram prédios dos Três Poderes em Brasília, Caiado tentou culpar Lula. O governador se posiciona como uma opção da direita nas eleições de 2026, já que Bolsonaro está inelegível até 2030.
A anistia é uma bandeira defendida por Bolsonaro e aliados, como o deputado Eduardo Bolsonaro.
João Campos reforçou sua visão oposta, afirmando que “esse não é o caminho”: “É preciso seguir as leis, buscar ambiente de pacificação institucional”.