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Café de Flore, Youssef, Supremo Tribunal e o prego no caixão

Advogado relata os bastidores da Lava Jato e a pressão sobre seu cliente para desistir de sua defesa. Com recente decisão do STF, busca responsabilização criminal dos envolvidos na operação.

Sumário da Notícia

Em 17 de março de 2014, a Polícia Federal iniciou uma operação em um posto de gasolina em Brasília, que posteriormente revelaria uma investigação de grandes dimensões.

O advogado, desde o início, percebeu que a operação era uma ofensiva política disfarçada de ação policial, com o objetivo de alcançar poder, visando o pré-sal e empresas de infraestrutura.

A prisão de Alberto Youssef por Sergio Moro trouxe à tona a suspeição do juiz, o que levou à impetração de um habeas corpus (HC) para discutir essa questão.

Youssef, pressionado pelo "grupo de Curitiba", desistiu do HC, e o advogado começou a notar a dimensão política da Lava Jato, que se tornava uma ferramenta para atacar adversários políticos, resultando na prisão de Lula e na ascensão de Bolsonaro.

Nos anos seguintes, o advogado denunciou publicamente os abusos da operação. Recentemente, recebeu um pedido de Youssef para representá-lo novamente, visando expor os abusos da República de Curitiba ao Supremo Tribunal.

Em 15 de julho, o ministro Dias Toffoli reconheceu os abusos na decisão que anulou atos de Moro contra Youssef, destacando a pressão sobre a defesa para desistir de garantias fundamentais.

O advogado celebrou a decisão, mas alertou que é vital responsabilizar aqueles que instrumentalizaram o Judiciário. Somente assim, ele poderá novamente celebrar a liberdade e o Estado democrático de direito.

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