Café bom do Brasil vai todo para fora? De onde vem essa ideia e como o Tarcísio Meira ajudou a mudar essa imagem
A produção de café no Brasil evoluiu ao longo das décadas, passando de fraudes e baixa qualidade para um foco crescente em grãos especiais. Com novas regulamentações e maior fiscalização, a indústria brasileira busca atender tanto o mercado interno quanto as exigências exigentes de exportação.
Exportação de café brasileiro e qualidade interna
O café bom produzido no Brasil é majoritariamente exportado. A dúvida surgiu após o tarifaço de Donald Trump, mas a situação não é tão simples. Nos anos 1980, a qualidade do café era baixa, com fraudes como a mistura de cevada e milho.
Em 1989, a responsabilidade de fiscalizar o mercado passou para a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). A Abic começou a exigir grãos 100% café, introduzindo o Selo de Pureza.
Novas regras de qualidade foram estabelecidas em 2022, proibindo mais de 1% de impurezas nos pacotes. Essas normas visam combater os chamados "cafés fake".
A partir dos anos 90, com a fiscalização melhorada, produtores passaram a focar na qualidade, formando a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Em 2015, apenas 1% do café especial era consumido internamente; hoje, esse número subiu para 15%.
Nos anos 80, o cenário era diferente: o Instituto Brasileiro do Café (IBC) controlava a produção e a qualidade era baixa. A Abic, ao assumir em 1989, promoveu auditorias e campanhas publicitárias com o ator Tarcísio Meira, contribuindo para melhorar a imagem do café brasileiro.
A qualidade do café hoje é garantida por análises rigorosas e fiscalização aprofundada. Em 2023, novas regras de regulamentação foram implementadas, reforçando a proibição de impurezas.