Caciques criticam planos para explorar petróleo na foz do Amazonas
Caciques exigem a suspensão do licenciamento de exploração de petróleo na bacia do Amazonas, alertando para riscos ambientais e sociais. Carta denuncia falta de consulta e inclui críticas a autoridades governamentais por suposta omissão na proteção dos direitos indígenas.
CCPIO exige suspensão do licenciamento do bloco FZA-M-59
O CCPIO (Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque) publicou uma carta pedindo a imediata suspensão do licenciamento do bloco FZA-M-59, na foz do rio Amazonas.
O documento, divulgado em 2 de junho de 2025, foi assinado por mais de 60 caciques das etnias Karipuna, Galibi Marworno, Galibi Kali’na e Palikur Arukwayene.
A carta afirma: “A perfuração de petróleo na região trará poluição e impactos irreparáveis à biodiversidade”, afetando pesca, agricultura e fontes de água.
Os caciques alertam que as etnias do norte do Amapá dependem de recursos naturais, que podem ser devastados por um eventual vazamento de petróleo.
O documento critica a falta de consulta às comunidades sobre projetos de exploração e aponta para a exclusão dos territórios indígenas do Estudo de Impacto Ambiental da Petrobras.
A carta também critica Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, perante os interesses de exploração.
O Ibama avança na aprovação de planos para a Petrobras, mas ainda não há licença para a exploração na foz do rio Amazonas. A próxima fase, a APO (Avaliação Pré-Operacional), testará planos de emergência da Petrobras.
Até a publicação, não houve resposta do senador Alcolumbre, do governo do Amapá ou do Ministério do Meio Ambiente.