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C&A é a marca de roupas preferida nas favelas; Nike seria a mais comprada se preço não importasse

Estudo revela que 70% dos moradores de favelas brasileiras planejam comprar roupas nos próximos 12 meses, com C&A como a marca mais citada. Pesquisa também destaca a crescente demanda por perfumes e produtos de beleza nesse segmento populacional.

C&A (10%), Nike (8%) e Riachuelo (8%) são as marcas preferidas no setor de vestuário entre moradores das favelas brasileiras, de acordo com o Data Favela.

O setor de vestuário é o líder em intenções de compra, com 70% dessa população (cerca de 8,6 milhões de pessoas) planejando adquirir roupas nos próximos 12 meses.

Se o preço não fosse um impedimento, a Nike lideraria, com 20% das intenções, seguida por Adidas (13%) e Lacoste (12%).

Os dados são do instituto Data Favela, em parceria com a Central Única das Favelas e o IBGE, divulgados na semana passada. A pesquisa, que entrevistou 16.521 pessoas em julho em todo o país, aponta que as favelas movimentam R$ 300 bilhões anualmente, maior que o PIB de 22 estados brasileiros.

Atualmente, o Brasil possui 12,3 mil favelas mapeadas, representando 8% dos lares nacionais, com uma população de 17,2 milhões de pessoas, equivalente ao estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a pesquisa:

  • 41% da população comprou ao menos uma peça de roupa nos últimos três meses;
  • 60% se sentem mais confortáveis com marcas conhecidas.

O segundo setor mais citado é o de perfumes, presente na lista de desejo de 60% dos moradores (7,4 milhões). As marcas preferidas não foram especificadas no estudo.

Além disso, produtos de beleza são desejados por 51% da população (6,3 milhões), com destaque para as mulheres, especialmente da geração Z (59%).

As marcas mais populares nesse segmento são:

  • O Boticário - 21%;
  • Natura - 21%;
  • Avon - 14%.

O Boticário ganha destaque quando o fator financeiro não é limitante, atingindo 46% de intenções; enquanto a Natura chega a 18%.

Quatro em cada dez moradores se importam muito com a própria aparência e consideram produtos cosméticos como itens de primeira necessidade. A pesquisa indica que pessoas com boa aparência têm mais chances de se destacar no mercado de trabalho.

*Estagiário sob supervisão de Diogo Max

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