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Bye bye, Brasil? Fluxo de capital estrangeiro fica negativo na Bolsa brasileira

Investidores estrangeiros retiram R$ 10,8 bilhões da B3 em abril, refletindo aversão ao risco global. Analisando fatores internos e externos, especialistas apontam incertezas econômicas como principais responsáveis pela fuga de capitais.

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) enfrenta uma queda significativa no fluxo de investimentos estrangeiros nas três primeiras semanas de abril, registrando um saldo negativo pela primeira vez em 2023.

No último dia 16 de abril, os saques superaram os aportes em R$ 243 milhões, enquanto, apenas em abril, as retiradas chegaram a R$ 10,8 bilhões.

Esse movimento está ligado à aversão global ao risco, reforçada pelo aumento das tarifas de importação nos EUA, anunciado por Donald Trump em 2 de abril, e ao receio de uma desaceleração econômica.

Bruno Henriques, analista do BTG Pactual, afirma que a situação reflete a incerteza global da guerra comercial, afetando principalmente o Brasil devido à sua parceria econômica com a China, que enfrenta previsões negativas.

Além disso, Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central, aponta fatores locais, como taxas de juros altas e a instabilidade fiscal, que também contribuem para a fuga dos investidores.

Apesar do cenário desafiador, Henriques acredita em uma possível recuperação do fluxo de investimentos, especialmente se o ambiente de tarifas se estabilizar, tornando a Bolsa brasileira, atualmente acumulando alta de 8,46% no ano, atraente novamente.

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