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Bunker resistiu a ataque de Israel; Irã vai deixar tratado nuclear

A AIEA confirma danos significativos na infraestrutura nuclear iraniana após os ataques israelenses, mas o principal bunker subterrâneo permanece intacto. O Irã, por sua vez, anuncia a suspensão de seu compromisso com o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, intensificando a tensão na região.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) relatou em 16 de outubro que os ataques de Israel ao Irã causaram danos significativos, mas o principal bunker subterrâneo do país não foi atingido.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, afirmou que não houve ataque físico nas instalações subterrâneas, onde parte do enriquecimento de combustível ocorre. O Irã anunciou que deixará o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), após a AIEA declarar o país em violação de suas obrigações nucleares.

A chancelaria iraniana disse que o TNP não tem efeito devido a essa decisão. Estimativas afirmam que o Irã possui matéria-prima para ao menos seis ogivas nucleares.

O relatório da AIEA indica que houve destruição em Natanz, com danos a uma das unidades de enriquecimento. Embora a parte subterrânea não tenha sido atingida, há preocupações sobre o impacto na energia das ultracentrífugas.

Além de Natanz, quatro prédios foram destruídos em Isfahan, incluindo instalações de conversão de gás de urânio. O ponto secreto de Fordow não sofreu danos.

Os analistas acreditam que, apesar da gravidade, o ataque não pôs fim à capacidade nuclear do Irã. Israel precisa de apoio dos EUA para alcançar a destruição completa das instalações, mas Trump evitou uma entrada direta no conflito.

Grossi reiterou que a AIEA continuará as inspeções no Irã e que o país pretende considerar o TNP como letra morta. O apoio da Rússia foi oferecido para retomar as negociações nucleares entre Irã e EUA.

O colapso das negociações e a classificação de violador pelo AIEA fundamentaram o recente ataque de Israel, que foi planejado durante meses.

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