Brics pode e deve ser força para o bem, não bloco de confronto, diz ministro Mauro Vieira
Mauro Vieira enfatiza a importância da diplomacia e do investimento em causas que promovem a paz e a estabilidade global. Ele alerta para a necessidade de um Brics atuante na resolução de crises internacionais, como os conflitos em Gaza e na Ucrânia.
Reunião de Chanceleres do Brics inicia com discurso de Mauro Vieira, que afirma que o bloco “pode e deve ser uma força para o bem e não para confronto”.
O ministro de Relações Exteriores defendeu o fortalecimento da diplomacia preventiva e a necessidade de as instituições multilaterais refletirem as realidades geopolíticas contemporâneas.
Vieira destacou: “Investir na paz significa investir nas causas profundas da instabilidade”, mencionando pobreza, desigualdade e instituições frágeis.
Ele ressaltou que “o sofrimento humano jamais deve ser instrumentalizado” e que o Brics deve defender um sistema humanitário global neutro.
O chanceler mencionou as “crises urgentes” no mundo, como as situações em Gaza, Ucrânia, Haiti e África. Ele defendeu a solução de dois Estados para o conflito Israel-Palestina, expressando preocupação com a situação nos territórios palestinos.
Vieira criticou o colapso do cessar-fogo de 15 de janeiro e afirmou que uma solução justa deve ser alcançada por meios pacíficos e respeitando o direito internacional.
O Brics é composto por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, com novos membros permanentes: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Esta é a primeira reunião formal após a expansão do grupo.
A cúpula dos chefes de Estado do Brics ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho.