'Brics é solução para o Brasil', diz Tebet
Simone Tebet destaca que os planos do Brasil com os Brics são essenciais e não serão negociados com os EUA em meio a discussões sobre tarifas. Ela enfatiza a importância de manter o diálogo e integrar o comércio com diferentes parceiros, mesmo diante de complexidades políticas.
Brasil não negociará planos com os Brics para redução de tarifas com os EUA
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que os planos do Brasil junto aos Brics não farão parte das negociações com os Estados Unidos sobre a taxa de 50% sobre produtos brasileiros, que entra em vigor em 1º de agosto. Durante um evento em São Paulo, ela destacou que o Brics é uma solução para o país.
Simone ressaltou a dependência do Brasil em relação aos fertilizantes da Ucrânia e da Rússia e a importância de exportar commodities para a Ásia, tornando algumas questões inegociáveis.
A ministra reafirmou a necessidade de avançar em comércio e cooperação com o Brics, a Europa e o Mercosul, citando a integração regional na América do Sul como essencial.
Sobre a redução da tarifa de etanol, Simone mencionou que o tema é passível de discussão, desde que os EUA também reconsiderem os subsídios ao etanol de milho.
Ela informou que há um esforço conjunto entre setor privado, Congresso, Executivo e Itamaraty para dialogar com os EUA, embora a pauta ideológica, como as críticas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, seja um complicador.
Simone reafirmou que o Brasil não pretende adotar medidas retaliatórias por enquanto, pois isso poderia impactar a inflação interna.
Medidas de apoio com baixo impacto fiscal
A ministra indicou que o governo planeja apoio ao setor afetado pela tarifa americana com impacto fiscal limitado. Ela acredita que os EUA possivelmente retirarão alguns produtos da lista de sobretaxados.
Após essa definição, serão mapeados os setores afetados, propondo medidas como:
- Refinanciamentos
- Flexibilização da jornada de trabalho
- Reforço no capital de giro
Simone destacou que a maior parte das medidas não terá impacto fiscal significativo e reiterou a determinação do presidente em não deixar ninguém para trás.