Brics critica tarifas e defende 'evitar guerras comerciais' em declaração de ministros
O Brics critica tarifas comerciais unilaterais e defende reformas no FMI em declaração durante cúpula no Rio. Países enfatizam a importância da cooperação econômica e tributária para enfrentar a volatilidade global e promover justiça fiscal.
Brics critica tarifas comerciais unilaterais
No último sábado, 5, o Brics divulgou três declarações importantes feitas por seus ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais.
A principal declaração expressa críticas à imposição de tarifas comerciais unilaterais, aludindo às ações do presidente dos EUA, Donald Trump, sem citá-lo diretamente. O documento ressalta:
- A economia global enfrenta incertezas e volatilidades crescentes.
- Sérias preocupações com medidas que distorcem o comércio e violam regras da OMC.
- Compromisso com um sistema multilateral de comércio justo e inclusivo.
O comunicado também defende o trabalho dos bancos centrais para controlar a inflação e destaca a cooperação intra-Brics para o desenvolvimento econômico.
O Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, adicionou seis novos países em 2024: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Uma cúpula está agendada para os dias 6 e 7 de setembro no Rio de Janeiro, acompanhada de diversas reuniões e eventos.
Reformas do FMI e Cooperação Tributária
Além da declaração central, foram emitidos outros dois documentos:
- Defesa da reforma do FMI.
- Promoção de um sistema tributário internacional mais justo.
A declaração sobre tributação pede:
- Transparência tributária e diálogo global para uma tributação justa e eficaz.
- Aprofundamento da coordenação entre autoridades tributárias para combater evasão fiscal.
O Brics também enfatizou a importância de reformar instituições como o FMI, sugerindo um novo modelo de cotas e maior poder de decisão para países emergentes.
Histórico do Brics
Criado em 2006, o Brics reúne países emergentes para discutir questões econômicas e políticas. O grupo entrou em uma nova fase em 2024 com a adesão de seis países. O Brasil presidirá o bloco em 2025.