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BRB, banco estatal, impõe sigilo aos documentos sobre compra do Master

BRB impõe sigilo a documentos da compra do Banco Master, avaliada em R$ 2 bilhões, sob alegação de que a divulgação comprometeria sua competitividade. A transação está sendo investigada por múltiplos órgãos de controle devido ao rápido crescimento e práticas irregulares do banco.

Banco de Brasília (BRB) impõe sigilo sobre documentos relacionados à compra de uma fatia do Banco Master, avaliada em R$ 2 bilhões. O BRB justifica que a divulgação comprometeria sua competitividade no mercado financeiro.

A transação é alvo de investigações por quatro órgãos de controle:

  • Ministério Público Federal
  • Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
  • Ministério Público de Contas do Distrito Federal
  • Tribunal de Contas da União

A Coluna do Estadão pediu acesso a documentos como pareceres e atas sobre a compra, mas a Ouvidoria do BRB afirmou que estão protegidos por sigilo empresarial e sua divulgação afetaria a segurança da operação.

A Lei de Acesso permite sigilos, mas prevê que informações sensíveis podem ser divulgadas com trechos omissos. Em entrevista, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, ressaltou que a operação foi técnica e sem ingerência política.

A transação deve ser aprovada pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No próximo dia 29, deputados discutirão o tema com o presidente do BC, Gabriel Galípolo.

O Banco Master, nos últimos quatro anos, multiplicou por dez seu patrimônio e quintuplicou sua carteira de crédito, impulsionado por Certificados de Depósito Bancário (CDB) com altas taxas de retorno. O BC já foi alertado sobre operações fora do padrão e intensificou as regras para a instituição.

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