HOME FEEDBACK

Braskem prevê R$ 4 bilhões em expansão de fábrica no Rio de Janeiro

Investimento da Braskem em ampliação do polo gás-químico promete gerar cinco mil empregos e recuperar mercado perdido em meio à nova oferta de gás do pré-sal. A companhia busca acelerar o projeto para aproveitar incentivos tributários antes da reforma que entra em vigor em 2027.

Novos investimentos no setor petroquímico brasileiro foram desbloqueados após a chegada de gás do pré-sal ao continente, com a inauguração de um complexo da Petrobras.

O projeto, com investimento estimado em US$ 700 milhões (quase R$ 4 bilhões), deve gerar cinco mil empregos durante as obras. A expectativa é que a expansão da produção comece em um contexto de incerteza sobre o controle da companhia, com a oferta do empresário Nelson Tanure para adquirir ações da Novonor (ex-Odebrecht).

O presidente da Braskem, Roberto Ramos, acredita que a estratégia não mudará, citando apoio de Tanure às transformações da companhia.

O projeto pretende aumentar em 50% a capacidade do polo gás-químico de Duque de Caxias, incluindo:

  • Construção de novo forno para processar etano;
  • Ampliação da fábrica de polietileno;
  • Suprimento de água e energia.

A Braskem deverá fechar em junho um contrato adicional de fornecimento de etano com a Petrobras. A disponibilidade de gás aumentou após a inauguração da unidade de tratamento do Complexo de Energias Boaventura, que adicionou 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Com o novo gás, a Braskem pretende recuperar mercado perdido para as importações dos EUA. O executivo afirmou: "É o melhor projeto que a gente tem."

A companhia já alocou R$ 238 milhões para o desenvolvimento do projeto de engenharia, que deverá ser apresentado ao conselho de administração ainda este ano. A meta é aproveitar os incentivos tributários que podem se encerrar em 2027 com a reforma tributária.

Ramos defende que a Braskem pode financiar o projeto mesmo sem a extensão dos incentivos. O plano inclui aumentar a participação de etano nas operações, reduzindo o uso de nafta.

A expectativa é de importação de eteno líquido, principalmente dos EUA, devido a altos custos de transporte do eteno produzido pela Petrobras.

O setor petroquímico pede ao governo a implementação de tarifas sobre importações dos EUA, devido a práticas de 'dumping', com nova regulamentação esperada para junho.

Leia mais em valoreconomico