Brasileiros denunciam detenção migratória desumana nos EUA
Detentos brasileiros denunciam condições desumanas em centro de detenção nos EUA. Relatos incluem falta de alimentos adequados, higiene precária e tratamento agressivo por parte dos guardas.
Deportação e Direitos Humanos: Brasileiros detidos nos EUA enfrentam condições desumanas no Centro de Processamento de Pine Prairie, Louisiana.
Imigrantes denunciam alimentação escassa, instalações insalubres e agressões por parte dos guardas.
Nelson, detido, relata: "Eles nos tratam aqui como animais." Alberto acrescenta: "Mentalmente, isso aqui é uma loucura."
O centro tem capacidade para até 1.094 homens e acumula histórico de violações de direitos humanos, segundo a organização Robert F. Kennedy Human Rights (RFK).
Detidos enfrentam dificuldades de comunicação com familiares e acesso limitado a cuidados médicos. Além disso, os imigrantes recebem apenas um dólar por dia para trabalhos forçados.
Alimentação é frequentemente insuficiente e de má qualidade; há relatos de alimentos vencidos e falta de água potável. Joaquim perdeu sete quilos em duas semanas.
O tratamento no centro é caracterizado por intimidation e agressões. As instalações são descritas como sujas e perigosas, levando a tensões e brigas.
A detenção em Pine Prairie é vista como punitiva, com condições piores do que uma prisão. Sarah Decker, da RFK, afirma: "As pessoas são horrivelmente abusadas."
Situação se torna crítica com a falta de recursos e comunicação das famílias, que têm dificuldades para visitar os detidos. O Itamaraty diz que passa por centros para garantir tratamento adequado, mas não comentou os casos em Pine Prairie.
A empresa GEO, responsável pelo centro, nega acusações de abuso. O ICE não se pronunciou.