Brasileira que abrigou Zambelli em Roma será investigada por favorecimento, diz site
Investigação contra quem abrigou Zambelli e o processo de extradição para o Brasil estão em andamento. A deputada, presa na Itália, enfrenta a possibilidade de retorno ao país após condenação por crimes relacionados ao CNJ.
Consequências da prisão da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) na Itália afetaram quem a ajudou a se esconder.
A Procuradoria-Geral de Roma abriu um inquérito para investigar a brasileira que forneceu abrigo à parlamentar em um apartamento na zona oeste de Roma. O caso segue procedimento padrão na legislação italiana, que considera crime o favorecimento pessoal de alguém procurado pela Justiça.
Zambelli foi detida no dia 29 de outubro, após conceder entrevista ao jornal La Repubblica. Seu endereço foi repassado à polícia pelo deputado Angelo Bonelli. A prisão desmente a alegação de que a deputada se entregou voluntariamente.
A deputada passará por audiência de custódia cautelar no dia 1º de novembro, às 6h (horário de Brasília). O juiz Aldo Morgigni conduzirá a sessão a portas fechadas e decidirá se Zambelli será enviada de volta ao Brasil.
O Brasil já solicitou a extradição, baseada na condenação de Zambelli a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Corte de Apelação analisará os requisitos legais necessários para a extradição.
Se a extradição for aprovada, Zambelli ainda poderá recorrer à Corte de Cassação, e a decisão final ficará a cargo do Ministério da Justiça da Itália.
Caso autorizada, sua defesa poderá recorrer à esfera administrativa, prolongando sua permanência na Itália.