Brasil terá 85 milhões de assinantes de streaming até 2028, em um mercado de mais de R$ 30 bilhões
O Brasil deve apresentar um crescimento mais acelerado no setor de streaming, superando a média global, com receitas projetadas de US$ 5,5 bilhões até 2028. Entretanto, a monetização através de publicidade enfrenta desafios diante do comportamento do consumidor local, que prefere evitar anúncios.
Crescimento do mercado de streaming no Brasil: O mercado deve crescer mais rapidamente do que a média global nos próximos cinco anos.
Segundo a PwC, as receitas podem alcançar US$ 5,5 bilhões (R$ 31,2 bilhões) até 2028, com uma taxa média de crescimento de 9,5%.
A análise inclui serviços como Netflix, Amazon Prime, HBO Max e Globoplay, este último se destacando como um competitivo local.
O número de assinaturas pode subir de 60,2 milhões em 2023 para 85,4 milhões em 2028, representando um crescimento de 7,2%, superando a média global de 5%.
Além das assinaturas, o mercado busca novas formas de monetização, como pacotes com anúncios, onde assinantes pagam menos em troca de publicidade.
Receita de publicidade: A expectativa é que cresça globalmente de US$ 29,7 bilhões para US$ 57,3 bilhões. No Brasil, representará apenas 6,5% das receitas totais de streaming até 2028, comparado a 27,7%% no mundo.
Ricardo Queiroz, da PwC Brasil, afirma que a adesão a modelos com anúncios é lenta devido ao desejo do consumidor brasileiro por conteúdo sem interrupções.
Modelos combinados: Nos mercados desenvolvidos, surgem pacotes que combinam streaming e TV a cabo, como o acordo entre Disney e Warner Bros.
Globoplay se destaca no Brasil como um forte concorrente, e iniciativas como o Mercado Play tentam agregar serviços.
A publicidade em TV conectada (CTV) é uma nova fonte de receita, prevista para dobrar e alcançar US$ 1,1 bilhão até 2028. Atualmente, soma mais de US$ 650 milhões no Brasil.
A tecnologia de “TV comprável” vem sendo testada, permitindo compras diretas através de anúncios interativos.