Brasil tem condições de não fazer do 1º de agosto um dia fatídico, diz Haddad sobre tarifaço
Haddad destaca a importância de clareza nas negociações com os EUA e reafirma a posição do Brasil sobre a privatização do PIX. O ministro acredita que, com definição sobre tarifas, medidas de contingência poderão ser adotadas de forma eficaz.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que Brasil pode evitar um "dia fatídico" em 1º de agosto. Ele destaca que os canais de comunicação com os EUA estão sendo desobstruídos, mas de forma lenta.
Em entrevista à CNN, Haddad comentou sobre a falta de clareza dos EUA em relação a demandas específicas, incluindo a questão do pix. Para ele, há uma presunção equivocada de que o pix deveria ser privatizado para gerar lucro, mas isso não é considerado.
O ministro mencionou que, nas discussões com o governo Trump, "muitas coisas estão sendo faladas que não constam na carta oficial". Ele também disse que os EUA não têm clareza sobre as tarifas que serão aplicadas em agosto.
"É um jogo em que precisamos saber qual decisão será tomada sobre o Brasil", afirma Haddad, ressaltando que as circunstâncias globais podem influenciar a situação brasileira.
A maioria das medidas do governo requer aprovação do Congresso, mas Haddad acredita que os parlamentares estarão receptivos à pauta enviada pelo Executivo: "Diante de uma emergência, não faltará apoio político".