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Brasil tem 2,4 milhões de pessoas com autismo, que enfrentam desafios na educação após os 14 anos

Dados do Censo revelam que 2,4 milhões de brasileiros têm diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. A maior prevalência está entre homens na faixa etária de 5 a 9 anos.

Pela primeira vez, o Censo Demográfico do IBGE coletou dados sobre a quantidade de brasileiros com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Dados preliminares, divulgados em 23 de novembro, mostram que 2,4 milhões de pessoas têm diagnóstico de autismo, representando 1,2% da população.

A maior prevalência foi entre homens: 1,4 milhão (1,5% da população masculina), enquanto 1 milhão de mulheres (0,9%).

A faixa etária com mais diagnósticos é de 5 a 9 anos, com 264 mil homens (3,8% da população) e 86 mil mulheres (1,3%).

Os homens apresentaram maior prevalência de TEA até 44 anos. A partir de 45 anos, as taxas foram equivalentes entre os sexos, com mulheres em maior número nas faixas de 50 a 54 e 60 a 69 anos, com diferença de 0,1 ponto percentual.

Clician Oliveira, analista do IBGE, destacou que métodos de diagnóstico evoluíram, aumentando a identificação do TEA na população escolar.

Segundo a OMS, o autismo é caracterizado por dificuldades nas interações sociais e padrões de comportamento restritos e repetitivos.

Em termos absolutos, o São Paulo lidera com 548 mil diagnósticos, seguido por Minas Gerais (229 mil), Rio de Janeiro (215 mil) e Bahia (145 mil).

Proporcionalmente, os estados com mais diagnósticos são Acre (1,6%) e Amapá (1,5%).

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