Brasil sobe quatro posições em ranking global de competitividade, mas segue entre piores posições
Brasil avança no ranking de competitividade global, mas ainda enfrenta desafios estruturais significativos. Entre os fatores positivos estão o fluxo de investimento direto estrangeiro e o crescimento do emprego, apesar de posições fracas em áreas críticas.
Brasil avança no ranking de competitividade global após quatro quedas consecutivas, subindo do 62º para o 58º lugar. Esta é a melhor posição desde 2021.
Apesar do avanço, o Brasil continua entre os dez piores colocados, posição mantida por mais de uma década. O ranking avalia 69 economias.
No topo da lista, estão:
- Suíça (1º)
- Cingapura (2º)
- Hong Kong (3º)
- Dinamarca (4º)
- Emirados Árabes Unidos (5º)
As piores posições incluem:
- Venezuela (69º)
- Namíbia (68º)
- Nigéria (67º)
- Turquia (66º)
- Mongólia (65º)
O ranking, na 37ª edição, considera 336 subindicadores divididos em quatro fatores:
- performance econômica
- eficiência governamental
- eficiência empresarial
- infraestrutura
O Brasil se destacou em:
- Fluxo de investimento direto estrangeiro (5º)
- Crescimento de longo prazo de emprego (7º)
- Atividade empreendedora em estágio inicial (8º)
- Energias renováveis (5º)
A melhora é atribuída a fatores como crescimento do PIB, melhora na taxa de emprego e entrada de capital externo. O melhor resultado foi na performance econômica (30ª colocação).
A Fundação Dom Cabral destaca que, embora a classificação tenha melhorado, o Brasil enfrenta desafios estruturais significativos que precisam ser superados para um desenvolvimento sustentável.
Nos últimos dez anos, o Brasil oscilou entre a 56ª e 61ª posições. Em 2024, havia caído para o 62º lugar antes de reverter esse retrocesso.
O país apresenta desempenho fraco em áreas críticas como educação e produtividade, ocupando a última posição em educação primária e secundária e habilidades linguísticas.
No contexto latino-americano, o Brasil está à frente de:
- Venezuela (69º)
- Argentina (62º)
- Peru (60º)
- México (55º)
- Colômbia (54º)
- Chile (42º)
O relatório indica a necessidade de reduzir custos, qualificar mão de obra e abrir a economia para melhorar a posição do Brasil no ranking no futuro.