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Brasil será o mais endividado entre os emergentes nos próximos anos, diz executivo da Fitch

Fitch Ratings ressalta que o Brasil se tornará o mercado emergente mais endividado nos próximos anos, superando Africana do Sul e Índia. A falta de consenso político entre o Executivo e o Congresso dificulta soluções para o dilema fiscal brasileiro.

Brasil enfrenta dilema fiscal crítico, com falta de consenso entre Executivo e Congresso, distanciando o País do grau de investimento, perdido há dez anos.

Segundo Todd Martinez, da Fitch Ratings, a situação fiscal deve piorar antes de melhorar, com a projeção de que o Brasil se tornará o país mais endividado entre os grandes mercados emergentes até 2026.

A relação entre dívidas e o PIB deverá chegar a 79,3% em 2025, superando a de países como África do Sul e Índia.

A Fitch observa que a baixa exposição comercial do Brasil aos EUA deve moderar os impactos confronte à tarifas impostas. No entanto, a economia continua fechada, o que é visto como uma fraqueza e força.

O Brasil apresenta finanças externas robustas e um mercado de capitais desenvolvido, mas enfrenta crescimento lento e dívida pública alta. A previsão de crescimento é de 2,5% para este ano.

Desafios fiscais persistem, com um déficit primário estimado em 0,6% do PIB até 2026. O governo tenta medidas para tratar a situação, mas muitas iniciativas são temporárias e urgentes.

O consenso político é escasso, com divergências entre desinvestimento fiscal e cortes de gastos. O atual cenário não prevê progresso significativo até após as eleições de 2026.

Fatores que podem influenciar a situação incluem:

  • Projeções de crescimento: expectativa de 2% ao longo do médio prazo.
  • Necessidade de reformas: mudanças nos gastos sociais e eficiência tributária.
  • Pressões políticas: possíveis medidas populistas sem deterioração fiscal.

Em síntese, um consenso crescente sobre a necessidade de reformas fiscais se apresenta, com a janela adequada pós-eleitoral. O trabalho do governo será crucial para estabilizar a dívida/PIB e promover crescimento sustentado.

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