Brasil sai do Mapa da Fome após queda de população em insegurança alimentar grave
Brasil é retirado do Mapa da Fome da ONU após melhorias nas políticas alimentares e sociais implementadas desde 2023. O país apresenta agora menos de 2,5% da população em situação de insegurança alimentar.
Brasil saiu do Mapa da Fome, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O anúncio foi feito em 28 de agosto de 2023, em Adis Abeba, Etiópia.
O relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (SOFI 2025) revelou que o país tem menos de 2,5% da população em risco de subnutrição.
O país havia aparecido no Mapa da Fome entre 2019 e 2021, com 3,4% da população em situação de fome e 4,2% em 2022. Em 2023, cerca de 8,4 milhões de pessoas enfrentaram a fome, reduzindo a taxa de 4,2% para 3,9%.
Luiz Inácio Lula da Silva retirou o Brasil do Mapa da Fome anteriormente em 2014. Durante a campanha de 2022, ele prometeu remover o país da lista até 2026.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, atribuiu o sucesso ao Plano Brasil Sem Fome. Ele afirmou que, com políticas públicas robustas, o governo conseguiu essa melhora em dois anos.
Até o final de 2023, aproximadamente 24 milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave. A pobreza extrema caiu para 4,4% e a taxa de desemprego atingiu 6,6%, a menor desde 2012.
O que é o Mapa da Fome? É um indicador da FAO que classifica países com mais de 2,5% da população em subalimentação grave. Utiliza o indicador Prevalência de Subnutrição (PoU) para monitorar a segurança alimentar.
Como é feito o cálculo? O PoU é calculado com base em três variáveis: a quantidade de alimentos disponíveis, o consumo pela população e as necessidades calóricas mínimas. Se mais de 2,5% da população estiver sem acesso adequado a alimentos, o país entra no Mapa da Fome.
A FAO divulga os resultados em médias trienais. O Brasil deixou o Mapa da Fome em 2025, com a média de 2022/2023/2024 abaixo de 2,5%.