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Brasil recebe mais embaixadoras estrangeiras do que manda para o exterior

O aumento da presença de embaixadoras no Brasil reflete um lento progresso na igualdade de gênero na diplomacia. Apesar do crescimento, mulheres ainda representam apenas 22% das chefias de missões diplomáticas no país.

Crescimento da presença feminina na diplomacia brasileira

Atualmente, há 29 embaixadoras estrangeiras no Brasil, o maior número registrado até agora, com um aumento de 61% desde 2020. No entanto, as mulheres representam apenas 22% das 133 embaixadas em Brasília.

Se incluídas as oito embaixadoras não-residentes, esse número sobe para 37. Por outro lado, o Brasil conta com 28 diplomatas mulheres no exterior, com previsão de aumento para 31 até o fim do semestre.

O Ministério das Relações Exteriores está promovendo a diversidade e a representação feminina nas chefias diplomáticas. O Índice Mulheres na Diplomacia, divulgado no ano passado, mostra que países como Antígua e Barbuda (100%) e Dinamarca (41%) lideram a presença feminina como chefes de missão.

A busca por maior representação feminina é uma questão global, com a diplomacia feminista ganhando espaço em países como França, Suécia e Chile. Em contrapartida, a ascensão de líderes de direita tem gerado resistência a temas de gênero e diversidade.

Um grupo de embaixadoras em Brasília, denominado “Mulheres Embaixadoras”, se reúne para promover apoio e troca de experiências. Recentemente, a embaixadora da Irlanda promoveu um concurso para jovens líderes femininas. As embaixadoras ressaltam a necessidade de mais mulheres em posições de chefia e a importância de políticas de licença-maternidade e equidade.

Desafios ainda persistem, mesmo com o aumento de números. Embaixadoras como Eva Bisgaard Pedersen destacam a necessidade de continuar o trabalho em prol da igualdade de gênero na diplomacia.

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