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Brasil quer novos países do Brics em constelação de satélites

Brasil busca integrar novos membros do Brics na constelação de satélites para aprimorar tecnologia espacial. Iniciativa visa monitorar desmatamento e mudanças climáticas até a COP em novembro.

Presidente da AEB, Marco Antonio Chamon, anuncia inclusão de novos integrantes na Constelação de Satélites de Sensoriamento Remoto do Brics. A declaração foi feita em 29 de abril de 2025.

O objetivo é reduzir a assimetria tecnológica espacial e discutir a sustentabilidade no espaço.

O acordo original foi assinado em 18 de agosto de 2021, com a participação de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Agora, novos membros como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã se juntaram ao grupo.

  • A iniciativa visa a cooperação entre agências espaciais para construir uma constelação virtual de satélites de sensoriamento remoto.
  • O sistema permitirá compartilhamento de dados durante emergências.
  • A rede ajudará a monitorar desmatamento e combater mudanças climáticas.

Chamon mencionou planos de criar imagens de Belém (PA) até a COP em novembro.

Atualmente, as estações terrestres que recebem dados da constelação estão em:

  • Cuiabá (Brasil)
  • Moscou (Rússia)
  • Shadnagar-Hyderabad (Índia)
  • Sanya (China)
  • Hartebeesthoek (África do Sul)

Os países terão acesso apenas às imagens de seus próprios territórios.

A Rússia sugeriu a criação de um Conselho Espacial do Brics para coordenar projetos, uma proposta apoiada pelo Brasil. Chamon ressaltou a necessidade de um mecanismo formal para organizar as iniciativas.

Chamon também alertou sobre o aumento do lixo espacial, afirmando que já causou danos a satélites brasileiros. A ESA estima que há mais de 130 milhões de fragmentos de lixo na órbita terrestre, incluindo 40.500 maiores que 10 cm.

O Brasil sediou a 1ª reunião de ministros de Relações Exteriores do Brics sobre assuntos espaciais nos dias 28 e 29 de abril no Rio de Janeiro.

Esta reportagem foi escrita por João Paulo Caires sob a supervisão de Isadora Albernaz.

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