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Brasil quer aumentar comércio com México e Canadá para compensar parte das perdas com tarifaço de Trump

Brasil busca diversificar acordos comerciais com México e Canadá após nova sobretaxa dos EUA. Negociações devem ser intensificadas nos próximos meses para mitigar impactos nas exportações brasileiras.

BrasilMéxico e Canadá devido a sobretaxa de 50% das exportações para os EUA, que entra em vigor em 1º de agosto.

A meta é concretizar esses acordos em dois ou três meses. Em setembro, o Brasil proporá ao Mercosul retomar as negociações para um acordo de livre comércio com o Canadá. O ministro de Comércio canadense, Maninder Sidhu, virá a Brasília em agosto.

Com o México, o foco será ampliar um acordo existente. Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com a presidente mexicana Claudia Sheinbaum. O vice-presidente Geraldo Alckmin visitará o México em 27 e 28 de agosto, acompanhado de ministros e empresários.

Como presidente pro tempore do Mercosul, o Brasil também buscará avanços nas negociações com países da Ásia, principalmente Japão, Vietnã e Indonésia.

O Canadá, afetado pelo “tarifaço” de Donald Trump, possui alta dependência dos EUA, com 50% do aço e 90% do alumínio exportados para lá. Há desafios com subsídios agrícolas, mas parcerias positivas são esperadas em áreas como nuclear, aeronaves e semicondutores.

Para o México, a expansão do acordo incluirá setores como aeroespacial, farmacêutico e energia. O país também depende dos EUA, com 80% das exportações destinadas a esse mercado.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 54,5 bilhões para a América do Norte, com um superávit de US$ 5,4 bilhões. Os principais produtos exportados foram siderúrgicos, petróleo, aeronaves, café e carne bovina.

O déficit com os EUA foi de US$ 284 milhões, enquanto com o Canadá e o México, o saldo foi positivo em US$ 273 milhões e US$ 132 milhões, respectivamente.

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