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Brasil poderia usar nióbio como arma para negociar com Trump?

Governo brasileiro busca alternativas para contornar tarifa de 50% imposta pelos EUA, que afeta produtos locais. Em meio a negociações, experts discutem o uso estratégico do nióbio nas relações comerciais.

O governo brasileiro está em negociações intensas para evitar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pela gestão Trump, que deve entrar em vigor em 1º de agosto.

Com dificuldades de diálogo com os EUA, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil se prepara para diferentes cenários.

No dia 24 de julho, Gabriel Escobar, da Embaixada americana, expressou interesse dos EUA em minerais críticos brasileiros como nióbio, lítio e terras raras.

O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, destacou que tais negociações devem ser feitas pelo governo brasileiro, não pelos empresários.

O nióbio, que representa 92% da produção global, é estratégicamente importante e, apesar de os EUA serem o quarto maior consumidor, apenas 7% das exportações brasileiras vão para lá.

Especialistas afirmam que o nióbio é vital para a produção de aço e tem aplicações na indústria aeroespacial e de defesa, sendo crucial para o desenvolvimento de armas hipersônicas.

O Brasil fornece cerca de 66% do nióbio importado pelos EUA, tornando o país dependente desse mineral, considerado o segundo mais crítico para os americanos.

Retaliação com nióbio? Algumas sugestões de usar o nióbio como aliado na negociação foram apresentadas, mas especialistas, como Hugo Sandim, consideram essa estratégia arriscada.

Julio Nery, do Ibram, enfatiza que o setor de mineração prefere resolver a crise através de negociação, temendo impactos negativos, especialmente se os EUA aplicarem tarifas em produtos americanos importados pelo Brasil.

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