Brasil pode ter inventado o futuro do dinheiro com o Pix, diz prêmio Nobel de Economia
Paul Krugman destaca o sucesso do sistema de pagamentos Pix, apontando-o como um modelo de inovação financeira que beneficia a inclusão econômica. O economista critica a resistência americana em adotar moedas digitais do banco central, sugerindo que o Brasil está à frente na transformação do futuro monetário.
O economista americano Paul Krugman publicou um artigo em 22/7 elogiando o sistema de pagamentos Pix do Brasil, sugerindo que o país pode ter "inventado o futuro do dinheiro".
No artigo intitulado "O Brasil inventou o futuro do dinheiro?", Krugman critica a aprovação do Genius Act nos Estados Unidos, que legaliza criptomoedas, e alerta que a legislação "abre caminho para fraudes e crises financeiras".
Ele destaca que os EUA também barraram a criação de uma moeda digital do banco central (CBDC) por alegadas preocupações com privacidade, temendo que as pessoas escolham moedas digitais estatais em vez de bancos privados.
Krugman questiona a possibilidade de uma CBDC parcial e afirma que o Brasil já implementou um sistema eficiente de pagamentos com o Pix, usado por 93% dos adultos brasileiros.
O artigo menciona que, apesar do Brasil não ser visto como um líder em inovação financeira, seu sistema de pagamentos se destaca pela rapidez e baixa taxa de transação.
Krugman compara o Pix ao Zelle dos EUA, mas afirma que o sistema brasileiro é mais acessível e já está substituindo dinheiro e cartões.
Ele ainda revela que somente 2% dos americanos utilizaram criptomoedas para pagamentos em 2024, e critica a indústria financeira americana por ser "poderosa demais" para permitir a criação de uma CBDC.
Por fim, Krugman conclui que outras nações poderiam aprender com o sucesso do Brasil, mas acredita que os EUA estão presos a interesses privados e ilusões sobre criptomoedas.
No artigo, Krugman também criticou as tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil, considerá-las um "programa de proteção a ditadores".