Brasil pode sair ganhando com tarifaço de Trump?
Tarifa imposta por Trump gera alívio para Brasil, mas traz incertezas. Economistas avaliam ganhos e perdas no comércio exterior, destacando possíveis impactos positivos e riscos para a economia brasileira.
Impacto do tarifaço de Trump no Brasil:
Brasil foi colocado na menor alíquota extra de importação (10%) pelos EUA, aliviando receios de um tarifaço global. Apesar do aumento de custo em produtos brasileiros para os consumidores americanos, o impacto é menor do que em países como Índia (26%) e Japão (24%).
Consequências:
- Taxas Retaliatórias: China impõe tarifas de até 54% sobre produtos dos EUA.
- Expectativas de Inflação: Tarifa pode gerar inflação nos EUA e esfriar sua economia.
- Comércio Global: OMC projeta uma redução de 1% no comércio mundial.
Especialistas apontam que, embora haja potenciais ganhos como aumento nas vendas de commodities para a China e competitividade no mercado dos EUA, o saldo geral para o Brasil tende a ser negativo devido à incerteza global.
Comércio Brasil-EUA:
O saldo comercial entre os dois países foi positivo para os EUA em US$ 300 milhões. Produtos como café e sorgo podem ter oportunidades de mercado, apesar de setores como aço e alumínio serem afetados por tarifas de 25%.
As expectativas focam no possível aumento do comércio com a China e no fortalecimento do acordo entre Mercosul e União Europeia, que pode beneficiar o agronegócio e o consumidor.
Setor Econômico:
A desvalorização do dólar pode ajudar a controlar a inflação no Brasil, projetando-se um IPCA em torno de 5,1%. No entanto, a instabilidade global e a busca por segurança em investimentos complicam as previsões do câmbio.
A CNI expressou cautela em relação ao tarifaço, indicando que ganhos potenciais não compensam o clima de incerteza.