Brasil não vai ser palco de corrida predatória por minerais críticos, diz Lula no G7
Lula defende parcerias baseadas em benefícios mútuos e critica exploração predatória de minerais no Brasil durante cúpula do G7. O presidente destaca importância da matriz energética limpa e reafirma compromisso com metas climáticas.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira (17) que o Brasil não será um "palco de corrida predatória" por minerais críticos.
A afirmação foi feita durante a reunião do G7, onde Lula destacou que parcerias devem ser baseadas em benefícios mútuos, não em disputas geopolíticas, em referência ao presidente dos EUA, Donald Trump.
Trump não participou da reunião, mas seu secretário do Tesouro estava presente. O interesse dos EUA em minerais críticos inclui pressões sobre a Ucrânia e a busca pelo controle da Groenlândia.
O G7 é composto por países como Canadá, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão, além da União Europeia. O Brasil foi convidado como um dos países não membros.
No evento, Lula criticou a lentidão na diversificação da matriz energética e ressaltou que o combate à crise climática requer esforço coletivo. Ele destacou os avanços do Brasil em energia limpa, mencionando que 90% da matriz elétrica é renovável.
Lula também destacou a importância de minerais estratégicos para a expansão das energias solar e eólica e reafirmou que não permitirá que a exploração mineral ameace biomas, como a Amazônia.
O presidente defendeu que países em desenvolvimento participem do beneficiamento de minerais estratégicos e criticou o cenário de escassez de financiamento, lembrando o descumprimento de promessas de ajuda climática.
Por fim, Lula reafirmou o compromisso com metas climáticas de reduzir as emissões entre 59% e 67% até 2035 e convocou líderes a participarem da COP30 em Belém, que será um teste de compromisso global com o futuro do planeta.