Brasil lidera mercado de EdTechs na América Latina com expansão da IA no setor

Brasil é epicentro das EdTechs na América Latina, com 68,93% das 898 startups do setor, segundo o EdTech Report 2024.

O país atraiu US$ 475,6 milhões em investimentos de 2015 a março de 2024, representando 80% do total da região.

A concentração de investimentos foi máxima em 2021, com US$ 271,5 milhões captados, mas caiu para US$ 78 milhões em 2022 e US$ 52 milhões em 2023.

As plataformas de ensino dominam com 51,1% das startups, seguidas por ferramentas de estudo (23,1%) e gestão educacional (18,1%). O modelo SaaS (Software as a Service) representa 36,4% do mercado.

Inteligência artificial é prioritária, utilizada pelas EdTechs para escalar soluções e automatizar processos, conforme indica Victor Harano, gerente de research do Distrito.

Exemplo: a aquisição da startup ASF pelo CPV Educacional em abril de 2025. A ASF desenvolveu o sistema ALAN, focado em soft skills para candidatos a vestibulares.

O sistema ALAN integra-se à plataforma Alfred do CPV, que atende 49.000 usuários e 50 escolas, aprimorando o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

Apesar do crescimento, desafios permanecem, como LGPD e questões éticas sobre o uso de dados e algoritmos.

Dados da McKinsey & Co. mostram que professores dedicam 51% do tempo à preparação e avaliação, podendo realocar 20% a 30% desse tempo com auxílio de tecnologias de IA.

Mais de 60% dos alunos acreditam que novas tecnologias melhoraram seu aprendizado, embora professores expressem preocupações sobre transparência e controle de dados.

O mercado global de IA na educação deve crescer de US$ 3,65 bilhões em 2023 para US$ 92 bilhões até 2033, com o Brasil liderando o setor na América Latina.

Entre as aplicações de IA existem sistemas automatizados de correção de redações e tutores virtuais, que oferecem suporte 24 horas aos alunos.