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Brasil leva taxas de Trump a reunião da OMC: 'Tarifas arbitrárias e implementadas de forma caótica', afirma embaixador

Brasil, com apoio de 40 países, critica tarifas unilaterais dos EUA na OMC. Diplomata defende a importância de um sistema multilateral de comércio baseado em regras e diálogo.

Brasil critica medidas unilaterais dos EUA na OMC

Com o apoio de cerca de 40 associados, incluindo União Europeia, China, Rússia, Índia, Canadá e Austrália, o Brasil expressou sua crítica às tarifas impostas pelos Estados Unidos em reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC), na quarta-feira.

O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Philip Fox-Drummond Gough, afirmou que as tarifas estão sendo usadas para interferir em assuntos internos de outros países, referindo-se aos ataques do ex-presidente Donald Trump ao Judiciário brasileiro.

Gough declarou: "O mundo está testemunhando uma mudança extremamente perigosa..." e destacou que essas tarifas arbitrárias violam normas internacionais, gerando riscos à economia global.

Trump anunciou uma sobretaxa de 50% a produtos brasileiros, além da suspensão de vistos para magistrados do STF, o que acirrou a tensão.

O Brasil reafirmou sua posição de buscar soluções negociadas através da OMC e denunciar as medidas unilaterais, destacando que a OMC está em estado de paralisia há mais de cinco anos.

Apesar da crítica, o governo brasileiro está em conversações com representantes dos EUA para evitar que a sobretaxa entre em vigor e busca um entendimento sobre a questão.

Gough finalizou destacando a necessidade de um sistema multilateral de comércio baseado em regras e a importância de diálogos e negociações para evitar uma espiral negativa nas relações comerciais.

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