Brasil está sendo “sacrificado por um soldado”, diz Haddad
Haddad critica a defesa de Bolsonaro por Tarcísio e alerta sobre os impactos do tarifaço dos EUA no Brasil. O ministro enfatiza a necessidade de justiça tributária e a importância da reforma da renda para combater desigualdades.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a imposição de tarifas pelos EUA, referindo-se ao Brasil como “sacrificado por um soldado” devido à situação criada pelo presidente Donald Trump.
Na entrevista ao jornal Estadão, Haddad considerou “abjeto” o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a Jair Bolsonaro. Ele disse: “sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro é inaceitável”.
Haddad afirmou que a família Bolsonaro é um “problema para o país” e criticou Tarcísio por se comportar como “vassalo de outro país”.
Destaques da entrevista:
- Haddad declarou que a reforma tributária é “a maior reforma” que o Brasil pode ter.
- Defendeu isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000/mês.
- Negou que o governo adote discurso de “pobres contra ricos”.
- Afirmou que apenas 1% da população não contribui com impostos.
Sobre o tarifaço imposto pelos EUA, Haddad comentou que o café da manhã dos norte-americanos ficará mais caro e que a taxação de produtos brasileiros não faz sentido econômico.
Ele criticou a investigação que os Estados Unidos lançaram sobre o sistema de pagamentos Pix, sugerindo que deveria ser copiado ao invés de tratado como uma ameaça.
Haddad também mencionou que pode não deixar o cargo em abril de 2026, reafirmando sua disposição para participar do projeto do governo.