Brasil está entre os menos impactados por tarifas de Trump; o que acontece agora
Novas tarifas de 10% impostas por Trump prometem agitar o comércio global e já geram reações de economistas e líderes de diversas nações. Enquanto o Brasil é menos impactado, a União Europeia e a China preveem retaliações e um cenário de tensões comerciais.
Tarifa de 10% sobre todas as importações
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 10% sobre todas as importações, com taxas superiores para países com barreiras comerciais.
A medida, que entra em vigor em 5 de abril, é considerada um ponto de virada no comércio global. A União Europeia a chamou de um "grande golpe para a economia mundial", e a China promete retaliação.
Tarifas específicas:
- Brasil: tarifação de 10%
- Reino Unido, Singapura, Austrália, Nova Zelândia, Turquia: 10%
- União Europeia: 20%
- China: 54%
- Vietnã: 46%
- Japão: 24%
- Tailândia: 36%
- Camboja: 49%
- África do Sul: 30%
- Taiwan: 32%
O governo brasileiro lamenta a decisão de Trump e afirma estar avaliando opções de ação, incluindo recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC).
Produtos brasileiros afetados incluem semimanufaturados, petróleo e aeronaves, mas setores agrícolas e de mineração devem enfrentar menos impactos.
Reação Global
Mercados começaram a reagir com quedas nas bolsas de Londres, Paris e Berlim, devido à vulnerabilidade do comércio europeu.
Líderes europeus buscam diálogo em vez de retaliação imediata. A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou para as consequências terríveis das novas tarifas.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, avaliou a situação e enfatizou o interesse em um acordo comercial com os EUA, mantendo a negociação aberta.
Economistas alertam que o aumento das tarifas pode resultar em preços mais altos para os consumidores americanos e uma possível recessão nos EUA e globalmente.