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Brasil é mais dependente dos EUA nas importações

Concentração de importações brasileiras revela dependência de poucos países, com destaque para os Estados Unidos. Estudo aponta que sete dos dez principais produtos são adquiridos de um ou dois fornecedores, elevando o risco para a balança comercial.

Sete dos dez produtos mais importados pelo Brasil provêm de um ou dois países, com os Estados Unidos liderando essa concentração. Em 2024, esses produtos representam 16,6% das importações brasileiras, segundo estudo da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados.

Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, destaca que a dependência de poucos fornecedores, principalmente dos EUA, pode impactar a balança comercial caso haja mudanças nas tarifas de importação.

Nos dados de 2023, os EUA são o segundo maior parceiro do Brasil, com US$ 40,7 bilhões em importações, enquanto a China lidera com US$ 63,6 bilhões.

O produto com maior concentração é o óleo diesel, com 82% das importações (US$ 8,4 bilhões) originando-se de dois países: 65% da Rússia e 17% dos EUA. Os turborreatores usados em aeronaves vêm 85% dos EUA, totalizando US$ 3,418 bilhões.

Entre os outros produtos destacados, 66% das partes de turborreatores e 54,5% das naftas para petroquímica também são importados dos EUA. Outros parceiros incluem Rússia, França, Canadá, Argentina, Austrália e Espanha.

A análise mostra que desde 2015, ao menos seis itens dos dez mais importados apresentaram alta concentração de origem. Essa dependência não é nova, com os EUA sendo a principal fonte desde 2021, com exceção de 2015 e 2018, quando houve empate com a China.

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