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Brasil diz que há 'alegações críveis de genocídio' em Gaza durante conferência da ONU

Ministro brasileiro defende aplicação do direito internacional diante de alegações de genocídio na Gaza. Conferência da ONU busca revitalizar a solução de dois Estados e fortalecer a proposta de um Estado palestino viável.

Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, pede aplicação do direito internacional contra alegações de genocídio na Faixa de Gaza durante conferência da ONU sobre a solução de dois Estados.

A reunião, iniciada nesta segunda-feira (28), é liderada pela França e Arábia Saudita. Vieira afirmou que é preciso agir com determinação diante das alegações de genocídio.

A conferência visa promover reflexões e estabelecer passos para resolver o conflito no Oriente Médio.

O ministro francês, Jean-Noël Barrot, reiterou que uma solução política de dois Estados é a única alternativa para a paz. Ele pediu "medidas concretas" para um Estado Palestino viável.

Após o anúncio do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o reconhecimento oficial do Estado palestino em setembro, a conferência espera revitalizar essa proposta.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediu um reconhecimento que faça parte de um plano mais abrangente, enquanto a Alemanha não considera isso a curto prazo.

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, chamou todos os Estados a agir e considerou autorizar uma força internacional para proteger a população palestina.

Atualmente, 142 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem o Estado Palestino, proclamado em 1988. A criação de um Estado Palestino enfrenta obstáculos, como a guerra de mais de 21 meses em Gaza e a expansão dos assentamentos israelenses.

Israel e Estados Unidos não participam da conferência. O governo de Trump criticou a reunião, afirmando que ela prolonga a guerra.

Faisal bin Farhan al Saud, da Arábia Saudita, argumentou que um Estado palestino é essencial para a paz. Contudo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que a solução de dois Estados está mais distante do que nunca e criticou a anexação da Cisjordânia.

José Manuel Albares, da Espanha, destacou que a maioria dos líderes defende a criação de dois Estados, incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

A conferência pretende reformar a governança da Autoridade Palestina, desarmar o Hamas e normalizar relações com Israel.

O embaixador israelense, Danny Danon, caracterizou a reunião como uma ilusão, enquanto a pressão internacional sobre Israel aumenta devido à situação crítica em Gaza.

O ex-ministro da Costa Rica, Bruno Stagno, pediu medidas concretas contra Israel, incluindo sanções e embargo de armas.

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