“Brasil deveria manter tarifa sobre o etanol dos EUA”, diz ministro
Ministro de Minas e Energia reafirma suporte às tarifas sobre etanol importado dos EUA, destacando o equilíbrio nas relações comerciais. Silveira também critica possíveis restrições à importação de produtos russos, defendendo a liberdade comercial das empresas brasileiras.
Ministro Alexandre Silveira defende tarifas sobre etanol importado dos EUA
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), reafirmou a importância de manter as atuais tarifas sobre o etanol importado dos EUA. Em entrevista ao videocast da Folha de S. Paulo, disse que há um equilíbrio na relação comercial entre os países.
Silveira declarou: “As taxas do etanol têm de ser mantidas. Há um equilíbrio na balança comercial hoje entre o Brasil e os Estados Unidos.” Ele citou que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foi designado para conduzir negociações após os EUA imporem 50% de tarifa sobre produtos brasileiros.
O governo dos EUA expressou desconforto com as tarifas brasileiras de 18% sobre o etanol e abriu uma investigação alegando “discriminação regulatória”. Silveira destacou a relevância do etanol para o agronegócio brasileiro, especialmente no Nordeste.
Sobre as ameaças de retaliação do governo Trump em relação à importação de petróleo ou derivados russos, Silveira afirmou que “não seria correto” proibir essas importações, enfatizando a liberdade de empresas não listadas no mercado americano.
Desde o início da guerra na Ucrânia, o Brasil quase duplicou as importações de produtos russos, passando de US$ 6,2 bilhões em 2021 para US$ 12,2 bilhões em 2024. O aumento ocorreu sob os governos de Lula e Bolsonaro.