Brasil contesta tarifas dos EUA em reunião da OMC: ‘Arbitrárias e implementadas de forma caótica’
Brasil critica tarifas unilaterais dos EUA em reunião da OMC, recebendo apoio de cerca de 40 países. O governo brasileiro reforça seu compromisso com o multilateralismo e busca resolver a questão por meio de negociações.
Brasil manifesta insatisfação durante reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação às tarifas unilaterais impostas pelos Estados Unidos.
O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Philip Fox-Drummond Gough, destacou que as tarifas são arbitrárias e comprometem a soberania das nações, embora não tenha mencionado diretamente os EUA ou Donald Trump.
Gough alertou sobre uma mudança perigosa no uso de tarifas para interferir nos assuntos de outros países, reiterando os princípios do Estado de Direito e o respeito às normas internacionais pelo Brasil.
Ele também enfatizou que as tarifas afetam as cadeias de valor globais e são uma violação das normas internacionais, podendo provocar uma espiral de preços altos e estagnação econômica.
O Brasil anunciou que contestará as tarifas na OMC e defendeu a importância do diálogo e da negociação na resolução de conflitos comerciais, afirmando que o multilateralismo é o caminho a seguir.
Gough alertou que a falta de um consenso poderá levar a um ciclo negativo que prejudicará a prosperidade e os objetivos de desenvolvimento sustentável.
Em resposta, representantes dos EUA afirmaram que suas empresas enfrentam condições desiguais e manifestaram interesse em negociações bilaterais.
A OMC enfrenta um impasse de mais de cinco anos que dificulta a resolução de disputas comerciais. O Brasil busca adiar uma sobretaxa de 50%% sobre suas exportações, na esperança de um entendimento com os EUA.
Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias