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Brasil atinge meta na atenção primária, mas perde médicos em 2024

Estudo revela que, apesar da alta cobertura de serviços de saúde, a rotatividade de médicos é um desafio persistente, especialmente em regiões de baixa renda. A pesquisa destaca desigualdades regionais significativas na manutenção de profissionais na Atenção Primária à Saúde.

Em 2024, 99% das regiões de saúde do Brasil atingiram a meta de cobertura na atenção primária: um profissional para cada 3.500 habitantes.

No entanto, a rotatividade de médicos permanece alta, especialmente em áreas vulneráveis. Segundo levantamento da Umane e FGV Ibre, o índice de desligamento entre médicos foi de 33,9% de 2022 a outubro de 2024.

Entre profissionais da Estratégia Saúde da Família, a saída média foi de 31%. Para profissionais não médicos, a taxa de desligamentos foi de 22,6%, com enfermeiros apresentando 26,7% e agentes comunitários, 18,5%.

As desigualdades regionais são evidentes:

  • Piauí: maior cobertura populacional da APS (98,26%)
  • Amapá: menor cobertura (53%)
  • Santa Catarina: maior cobertura médica (3,15 profissionais)
  • Distrito Federal: pior taxa (1,2 profissional)

A rotatividade está ligada ao PIB municipal: regiões com melhor economia retêm mais profissionais. O Amapá tem a maior taxa de saída de médicos (48,06%), enquanto o Distrito Federal tem a menor (29,23%).

A Atenção Primária à Saúde é o 1º nível de atendimento no SUS, responsável por ações de promoção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.

O estudo avaliou a qualidade da APS em todos os Estados e no DF, utilizando dados de fontes como DATASUS, SISAB e IBGE. A metodologia foi quantitativa.

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