Brancos têm mais acesso à infraestrutura urbana
Pesquisa do IBGE revela disparidades na infraestrutura urbana entre brancos, pretos e pardos. A análise mostra que as condições de moradia e acessibilidade variam significativamente conforme a cor da pele, refletindo desigualdades socioeconômicas.
Dados do IBGE revelam desigualdade na infraestrutura urbana do Brasil.
Divulgados em 17 de abril de 2025, os dados mostram que pessoas pretas e pardas residem menos em áreas com boa infraestrutura em comparação aos brancos.
A pesquisa, parte do Censo 2022, analisa aspectos como:
- Pavimentação
- Calçadas
- Bueiros
- Iluminação pública
- Pontos de ônibus
- Rampas para cadeirantes
- Arborização
- Sinalização para bicicletas
A proporção de moradores em ruas pavimentadas é:
- Brancos: 91,3%
- Pretos: 87%
- Pardos: 86%
Em relação a calçadas:
- Brancos: 88,2%
- Pretos: 79,2%
- Pardos: 81%
A presença de obstáculos nas calçadas é evidente:
- Brancos: 63,7%
- Pardos: 67%
- Pretos: 65,2%
Em pontos de ônibus:
- Brancos: 10,6%
- Pretos: 8,2%
- Pardos: 7,1%
Sobre sinalização para bicicletas:
- Brancos: 2,5%
- Pretos e Pardos: 1,4%
A infraestrutura para cadeirantes também é desigual:
- Brancos: 19,2%
- Pretos: 11,1%
- Pardos: 11,9%
A população indígena enfrenta ainda mais limitações. Em relação à pavimentação, apenas 75,3% têm acesso.
O IBGE coletou informações de 30.000 agentes em 63,1 milhões de domicílios, abrangendo 85,75% da população brasileira.
Esses dados indicam que a desigualdade urbana está intimamente ligada a fatores socioeconômicos e à localização em comunidades vulneráveis.