Brancos separatistas da África do Sul querem apoio de Trump para conquistar independência
Moradores de Orania buscam reconhecimento internacional e apoio de líderes americanos para a independência do enclave africâner. A comunidade enfrenta críticas por sua exclusividade racial em meio ao legado do apartheid na África do Sul.
Orania é um enclave separatista na África do Sul, habitado exclusivamente por brancos africâneres, que busca reconhecimento como entidade autônoma do governo sul-africano. Com uma população de 3.000 pessoas no semiárido Karoo, líderes da comunidade pedem ajuda ao presidente dos EUA, Donald Trump.
Recentemente, representantes de Orania visitaram os EUA em busca de apoio e investimentos. Eles alegam que a administração centralizada da África do Sul não atende à diversidade do país. O líder do Movimento Orania, Joost Strydom, mencionou o desejo de obter reconhecimento internacional.
O assentamento, que possui planos de crescimento populacional de 15%, já investe em energia solar e busca infraestruturas. O Departamento de Estado dos EUA não comentou a situação. Autoridades sul-africanas afirmam que Orania, embora reconhecida como cidade, deve respeitar as leis do país.
A divisão racial ainda é um tema sensível, com o partido esquerdista EFF acusando os líderes de Orania de inflamar tensões raciais. Os africâneres descendem de colonizadores holandeses e, historicamente, impuseram segregação racial.
Orania foi criada em 1991 por africâneres em um projeto hídrico abandonado. Seus líderes sonham com a independência e a expansão de seu território. No entanto, uma proposta de reassentamento nos EUA não atende às suas necessidades. Os moradores de Orania afirmam que estão prosperando enquanto muitos sul-africanos enfrentam desemprego e oportunidades limitadas.