Braga Netto pede que Moraes autorize acareação com Mauro Cid
Defesa do general Braga Netto busca acareação com tenente-coronel Mauro Cid para esclarecer acusações de planos de assassinato e financiamento de atos golpistas. Pedido inclui um prazo adicional de 30 dias para análise de provas fornecidas pela Polícia Federal.
Defesa de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes do STF a realização de uma acareação com o tenente-coronel Mauro Cid.
A acareação visa esclarecer dois pontos mencionados por Cid em seu interrogatório no STF:
- Discussão sobre o plano "punhal verde e amarelo", que previa o assassinato de autoridades na casa do general;
- Acusações de que Braga Netto teria financiado atos golpistas com dinheiro entregue a Cid.
A defesa argumenta que as divergências são relevantes e essenciais para a apuração dos fatos, já que Cid não apresentou provas que sustentem suas acusações.
Além disso, Braga Netto pediu o compartilhamento de provas contra o “núcleo três” de acusados, que inclui militares responsáveis por pressionar líderes das Forças Armadas a se unirem ao plano golpista. A defesa teme que a denúncia contra os militares possa implicar seu cliente.
Os advogados também requereram um prazo adicional de 30 dias para analisar materiais da Polícia Federal, argumentando sobre a “complexidade técnica” e lentidão no download dos documentos.
Braga Netto, Cid, Bolsonaro e outros cinco formam o “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder. Cid declarou que recebeu dinheiro em uma caixa de vinho para financiar manifestações, enquanto o general negou envolvimento e contato com empresários.