Bradesco BBI vê rali de alívio para Bolsa brasileira com exceções em tarifa dos EUA
Tarifas de 50% sobre exportações brasileiras poderão ter impacto mitigado por exceções que cobrem produtos essenciais. Especialistas do Bradesco BBI projetam um cenário de recuperação moderada para o mercado de ações após a tensão tarifária com os EUA.
Governo Trump: Anúncio de tarifas de 50% sobre exportações brasileiras
Detalhes divulgados nesta quarta-feira (30) incluem isenções que não sofrerão a taxa adicional de 40% implementada em julho, mas estarão sujeitos aos tributos de 10%.
Segundo o Bradesco BBI, essas isenções indicam um cenário menos grave e podem resultar em um rali de alívio no mercado brasileiro.
As isenções abrangem principais exportações do Brasil para os EUA, como:
- petróleo
- minério de ferro
- aço
- aviões
- celulose
- suco de laranja
Exceção: motores elétricos da WEG (WEGE3).
A implementação das tarifas foi adiada em sete dias, possivelmente para facilitar negociações que ainda não ocorreram.
O BBI considera a medida como uma redução da tensão, resultando numa alíquota tarifária efetiva de 25% e uma previsão de alta média de 25% no mercado de ações.
A economia brasileira está valida para enfrentar incertezas comerciais, com baixa exposição de 12% às exportações dos EUA.
A expectativa é que as ações brasileiras, especialmente aquelas com exposição aos EUA e isenções tarifárias, como Embraer (EMBR3) e Suzano (SUZB3), liderem a recuperação.
O Bradesco mantém recomendação "overweight" para o Brasil, considerando-o um dos mercados mais baratos, com oportunidades de compra. Eles projetam benefícios de influxo de investidores locais e estrangeiros e dois catalisadores para o 2S25.