BPC ganha 1 milhão de beneficiários no Lula 3, alta de 22% no mandato
O Benefício de Prestação Continuada atinge 6,26 milhões de beneficiários, com um crescimento recorde durante a gestão Lula. As medidas para conter o aumento das despesas têm se mostrado insuficientes diante do avanço do programa.
BPC (Benefício de Prestação Continuada) teve um saldo positivo de 1,14 milhão de inscritos desde o início do 3º mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Aumento de 22,3% levou o total de beneficiários de 5,12 milhões para 6,26 milhões até fevereiro de 2025.
É a maior expansão percentual dos últimos 5 governos, superando os 10,0% de Jair Bolsonaro (PL) e as taxas menores de Michel Temer (7,8%) e Dilma Rousseff (4,5%).
O BPC, que fornece um salário mínimo mensal a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, gera preocupação nas contas públicas, sendo uma despesa obrigatória.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, propôs regras mais rígidas para controle do benefício, mas o Congresso resistiu. O governo apenas encerrou 33.966 cadastros de um plano inicial de 482 mil.
Em 2024, houve um saldo positivo de 582 mil novos beneficiários. O governo planeja revisar R$ 15,4 bilhões até 2029, mas despesas devem crescer em R$ 65,4 bilhões.
Projeções indicam que medidas do governo Lula podem ser insuficientes para controlar os gastos. A equipe econômica prevê uma queda de 96% nas despesas não obrigatórias até 2029.
A alta no número de beneficiários foi observada em todas as unidades da Federação, com destaque para Roraima (+27,8%) e Mato Grosso (+14,6%).